3.02.2010

Carlos Asp x Gerson Reichert

Uma.




















Carlos Asp + Gerson Reichert, Caja Bie Now Ressonancy (Caixa de Ressonância ) 2009
Dermatográfico sobre embalagem, marcador sobre impresso, madeira
20 x 32 x 3 cm


Quando conheci G.R em 2004, trabalhando em suas pinturas e desenhos
via sua perseverança e concentração, como um bom exemplo a seguir.
Consegui produzir naquele período que me abrigaram em seu atelier coletivo
uma série de desenhos que formaram a base da mostra itinerante
DESENHOS DO SEM FIM que, editados pelo SESC-SC em pranchas plotadas
e rico material gráfico, complementando a mostra que desde 2005
vem itinerando pelas cidades catarinenses em que unidades técnicas do
SESC-SC ocupam-se da difusão de minha modesta obra gráfica,
como um tributo à perseverança de um fazer plástico já tão desacreditado,
nestes velozes tempos de ações e registros via WWW.
Então a importância da obra e do contínuo fazer em GERSON REICHERT,
reverberam em mim, como um paciente e significativo professor de ACREDITAR
NUM CONTÍNUO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DE OBRA GRÁFICA, experiência
que eu jamais experimentara antes. A maturidade e segurança do
gesto,conhecidas qualidades da obra gráfico/pictórica de G.REICHERT são pra mim,
valores que me dão a liberdade de chamá-las “pinturas japonesas”, por minha
convivência intensa nos anos de 70 a 73, trabalhando ao lado de TOMOSHIGUE
KUSUNO, e seus amigos nipo-brasileiros em S.PAULO, autores de uma escola
pictórica que até hoje tem importante papel na construção de nossa visualidade,
vigorosa e solta abstração de gestos largos generosos e seguros, como bem se
conhecem agora também neste filho de alemães com arrojo ariano e elegância
oriental.

Entre PORTO ALEGRE e FLORIANÓPOLIS, março de 2010, Carlos Asp
.
 


Desenho de Carlos Asp, 2010